quinta-feira, 9 de abril de 2009

O CONSUMIDOR CONFIA NA MARCA DO VAREJO OU NA MARCA DO PRODUTO?


Vivendo num mundo em constante movimento e pautado pela velocidade desenfreada na competição pelo consumidor, nenhuma instituição, empresa, serviço ou produto poderá passar incólume.

O primeiro grande desafio é entender as profundas mudanças comportamentais dos clientes. Essas passam por fatores que vão da ausência de tempo à consciência de sua posição de poder de cadeia, incluindo também a variedade de canais de informação, formatos, marcas, produtos e serviços disponíveis, gerando as oportunidades de negócios para quem estiver mais perto dos consumidores. A pesquisa realizada pela Gouvêa de Souza, "Branding & Focus", mediu o fenômeno "marca do produto X marca do varejo" no mercado brasileiro. Ela aponta que no processo de escolha de um produto, a marca desse item é mais importante do que a marca da loja, mas em uma proporção muito próxima, de 56% a 44%.
O equilíbrio, porém, tende para o lado do varejo conforme a população envelhece: se a faixa etária for dos 20 aos 30 anos, a proporção é de 53% a 47% para as lojas.
Quando olhamos por classes sociais, os consumidores de maior poder aquisitivo são os que dão maior importância para a marca do produto (72% a 38% para a loja). Já na classe D, o índice é de 50%. O relacionamento e o acesso ao crédito explicam esse movimento em direção a marca conforme descemos na base da pirâmide.
Enquanto o consumidor de maior poder aquisitivo tem acesso a inúmeros meios de pagamentos, o de menor busca primeiro as lojas que lhe oferecem o acesso mais facilitado ao crédito, só então escolhe a marca do produto de sua necessidade ou interesse.

2 comentários:

  1. Espero que me permitam dar meu palpite sobre o perfil de confiança do consumidor nas marcas dos produtos e nas marcas do varejo. Inegavelmente o consumidor confia na marca do produto e espera que ela esteja naqueles varejos (canal de distribuição na visão da indústria) nos quais confia. Confia tanto na marca do varejo que acredita que os produtos nos quais confia devem estar no varejo no qual confia e, mais além, confia tanto na marca do varejo que acaba comprando a marca própria do varejo, mesmo confiando nas marca de preferência. Esta é uma relação de confiança tão importante que mesmo varejos pequenos, cuja penetração no seu mercado é grande, pode ter marca própria, mas jamais poderá deixar de ter as marcas nas quais o consumidor confia. Há simbiose, sobreposição e uma interdependência tão grande entre varejo e indústria que as ações de ponto de venda deveriam ser ação de ambos.

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  2. Prezado, embora a resposta tenha levado 10 anos, concordo com você. grande abraço.

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