quinta-feira, 30 de abril de 2009

Supermercados: qual o melhor modelo de negócio?


O segmento de supermercado é extremamente dinâmico, instigante e veloz. Ao longo de 20 e poucos anos prestando serviços a esse segmento posso afirmar que a tecnologia e o now how aplicados são complexos e exigem trabalhos de pesquisa e estudos constantes. Nesse segmento estar a frente significa entender as tendências e oportunidades de marcado e a partir disso desenvolver modelos de negócios para atender essas demandas, que devem ser consonante ao Planejamento Estratégico, e é claro, sem abrir mão dos elementos que compõem o DNA da companhia.

Abaixo exemplo de modelos de negócios em evidência para o segmento supermercadista:

A) Loja de shopping
Característica a ser observada: operação especialmente ancorada em serviços para um grupo-alvo de alto poder aquisitivo e exigente em termos de serviços
B) Modelo tradicional: para ser competitivo deve explorar produtos de marca Própria, com adequação dos serviços conforme a característica de cada loja, focados no perfil dos consumidores da região e na concorrência;
C) Lojas de vizinhança: baixo sortimento e com foco no comportamento de consumo do público-alvo da micro região de atuação, self service e no máximo 04 checkouts
Exige uma estrutura de Backoffice ágil e competente e a manutenção de estoque baixos com estrutura logística adequada (incluindo logística reversa) – Também tem que estar localizados em grandes centros. Aqui é necessário a análise de viabilidade para um tamanho mínimo de cidade.
D) Lojas de conveniência focada nos postos de combustíveis:
Este modelo, em geral ancorado em produtos de padaria, lanches, bebidas, apresenta boa possibilidade de sucesso e expansão, sempre em parceria com operadores e distribuidores de combustíveis, e preferencialmente junto a redes com bandeiras próprias e locais. Com baixa quantidade de ítens por metro quadrado, necessita boa logística e oferece alta rentabilidade unitária; há cases nacionais de sucesso deste modelo em expansão no Brasil, loja (e marca) que ao longo do tempo pode se tornar stand alone.

Um comentário:

  1. A pergunta do título é instigante e será comentada sob a ótica do consumidor, indivíduo único de comportamento que encontra semelhanças em outros indivíduos exatamente pelo comportamento, o que nos permite clusterizá-los. Quando pensamos nos consumidores e seus comportamentos distintos, que dependem mais do estilo de vida, cultura e influências do que da renda, temos que responder que não há um modelo melhor ou pior, há modelos adequados ou inadequados ao perfil dos consumidores daquela região de influência do mercado, supermercado ou hipermercado. O consumo que mais cresce, atualmente, é o das classes C e D. Estes consumidores adquirem, claro, alimentos e roupas básicas, mas notem que o consumo de eletro-eletrôncios caros, ao redor de dois mil reais, também é estabelecido em boa escala por estes públicos, o que define claramente que a cultura, o estilo de vida e as influências sociais são mais definidoras do comportamento da compra do que a renda.

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